DIFERENÇAS DE GÊNERO NO CONSUMO DE ÁLCOOL
Atualizado: 1 de nov. de 2022

O organismo das mulheres é mais vulnerável aos efeitos do álcool. Por ter uma estrutura corporal menor, elas têm uma quantidade menor de água e de enzimas responsáveis por metabolizar a substância. Sendo assim, o álcool tende a ficar mais tempo – e em maior concentração – em seus corpos. Outro detalhe importante do alcoolismo feminino é que geralmente ele vem mais acompanhado de doenças mentais como depressão e transtornos de ansiedade. Mulheres deprimidas ou ansiosas podem até ser mais vulneráveis ao uso abusivo de álcool, embora tal relação não seja obrigatória.
Mulheres, em sua maioria, costumam ter dois padrões de consumo de álcool. Mulheres climatéricas (geralmente acima dos 40 anos de idade) costumam beber isoladamente para alívio de uma dor psíquica e utilizam o álcool como meio de enfrentamento de seus conflitos. Muitas dessas mulheres sentem-se pressionadas pelos diversos papéis sociais, familiares e profissionais e buscam autonomia, o que ficou exacerbado nesta pandemia da Covid-19. No início, essas mulheres relatam que o álcool é uma fonte de alívio e que ajuda na melhora da insônia e da ansiedade. Já as mulheres mais jovens e de centros urbanos costumam beber em grupo de amigas, e em reuniões em bares e restaurantes, para a busca simples de prazer e interação social. Sempre vemos jovens nas baladas clandestinas interagindo de forma eufórica como se vivessem em outro planeta, não é mesmo?
ESTIGMAS E OS DIVERSOS PAPÉIS DA MULHER
A crescente ingestão de álcool pelas mulheres (em quantidade e frequência) é uma tendência observada no mundo todo, mesmo antes da COVID-19. No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, o consumo abusivo de álcool* entre as brasileiras