Tanto nos bons e maus momentos é importante conversar com outras pessoas. A bebida se torna um facilitador, pela timidez ou outras características, para muitas pessoas que, bebendo, acham que irão ficar mais soltas para conversar (na verdade o álcool reduz o nosso senso crítico).
Muitos acham que não sabem se relacionar sem o álcool, seja em festas ou em outros ambientes. Assim, é importante aprender a conversar sem beber, principalmente se encontrar com outras pessoas que consomem o álcool, o que pode se tornar uma situação de alto risco. Mas, como já foi dito, no início, o ideal é reduzir os encontros com essas pessoas e buscar novas amizades.
Caso haja realmente a necessidade de conversar, seguem orientações:
Escutar e observar: as pessoas vão dando dicas que vão te ajudar a perceber o que é importante para discutir em uma conversa. As pessoas que também tem dificuldade em conversar podem não te dar atenção e você pode se sentir excluída. Preste atenção no que você está observando.
Conversar sobre habilidades: abra espaço para a descontração! Muitas pessoas não têm paciência com alguns assuntos e, às vezes, preferem participar de algum tipo de brincadeira.
Contato visual é importante.
Começar a conversa perguntando quem a pessoa conhece naquele encontro é uma boa sugestão para iniciar algum tipo de conversa.
Lembre-se de que você não é responsável por iniciar uma conversa e fique bem com isso.
A conversa é uma via de mão dupla. Por isso, você não é responsável pela introspectividade do(a) outro(a).
Às vezes, a pessoa pode ter déficit de atenção ou ser tímida a ponto de não conseguir ter um contato visual.
Muitas vezes, falar de si mesma pode soar meio presunçoso. Procure falar das coisas que você gosta e pergunte ao outro sobre as coisas que ele gosta.
Use perguntas abertas para propiciar uma resposta como, por exemplo: “O que você achou do filme? Como você passou o seu dia?”
Observe como a pessoa te responde - se ela está mais inquieta ou se está mantendo esse contato visual - se perceber que ela não está ligando para a conversa, pode ser que a pessoa esteja cansada.
Aprenda a terminar uma conversa cordialmente - dizendo um sentimento agradável para uma próxima conversa.
Exercício: Pense numa conversa em que você teve alguma dificuldade.
Onde essa conversa aconteceu?
Sobre o que foi a conversa? Qual o assunto?
Quais foram os resultados dessa conversa? Qual a sua avaliação?
Se a conversa ainda não aconteceu, o que está me impedindo?
Se a conversa ainda não aconteceu, o que você imagina que pode acontecer?
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Todas as atividades do nosso Baralho da Recuperação, divulgadas do dia 16 a 31 de dezembro, foram propostas durante o ano, em nosso grupo terapêutico de prevenção de recaídas, pela psicóloga e vice-presidente da nossa Associação, Cláudia Leiria (@psiclaudialeiria)
Referências Bibliográficas - São ótimas dicas de leitura e para presentear também!
Tratando a dependência de álcool - um guia de treinamento das habilidades de enfrentamento - 2ª edição. Autores: Peter M. Monti, Ronald M. Kadden, Damaris J. Rohsenow, Ned L. Cooney e David B. Abrams. Editora: Roca.
Conhecer-se é amar a si próprio - exercícios para desenvolver a autoconsciência e para realizar mudanças positivas e encorajadoras. Autores: Lynn Lott, Marilyn Matulich Kentz e Dru West. Editora: Manole.
Caderno de exercícios para cuidar de si mesmo - 3ª edição. Autora: Anne Van Stappen. Editora: Vozes.
Caderno de exercícios de inteligência emocional - 2ª edição. Autor: llios Kotsou. Editora: Vozes.
Caderno de exercícios para viver sua raiva de forma positiva. Autor: Yves-Alexandre Thalmann. Editora: Vozes.
Dinâmicas de grupo e atividades clínicas aplicadas ao uso de substâncias psicoativas. Organizadoras: Neliana Buzi Figlie e Roberta Payá. Editora: Roca.
Tratamento do uso de substâncias químicas - Manual prático de intervenções e técnicas terapêuticas. Organizadores: Ronaldo Laranjeira, Helena M. Takeyama Sakiyama e Maria de Fátima Rato Padin. Editora: Artmed.
Programa Terapêutico para o tratamento da dependência química. Autora: Luana Gama Wanderley Leite. Editora: Edições Loyola.
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A Associação Alcoolismo Feminino existe para ajudar mulheres em sofrimento pelas consequências de seu modo de beber, por meio de um espaço de acolhimento, compaixão e respeito, sem julgamentos nem preconceitos.
Se você precisa de ajuda, entre em contato conosco pelo site:ww.associacaoaf.org/queroajuda
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