top of page

XI: Como fazer críticas construtivas - parte 1

Alcoolistas em recuperação costumam reagir aos outros de maneira passiva ou agressiva, podendo ser uma consequência de sua responsabilidade por como agiam em momento de embriaguez. Por causa do pensamento dicotômico existente no período da ativa, muitas vezes, para compensar, podem ir para um dos extremos, o que não é desejável.



Muitas mulheres alegam que bebem para conseguirem se expressar, criticar e expor seus sentimentos mas, pelo fato de estarem alcoolizadas, não conseguem ser compreendidas e o foco acaba sendo a bebedeira. Aprender e praticar a habilidade de fazer críticas construtivas e assertivas em sobriedades vai reduzir a probabilidade de você beber e aumentar as possibilidades de chegar a uma solução satisfatória para você e o(a) outro(a).


A crítica construtiva tem a finalidade de comunicar o comportamento inadequado de alguém, de forma respeitosa, buscando uma mudança sem ferir os seus sentimentos ou começar uma discussão. Considerando isso, precisamos ter cuidado ao criticar. A crítica deve ter uma finalidade, deve deixar claro o que esperamos de mudança, de forma delicada e respeitosa, com foco no comportamento indesejado e não na pessoa criticada. Ser assertiva é uma habilidade que pode ser aprendida e aprimorada. Por isso, seguem orientações para que você desenvolva a habilidade de criticar assertivamente:


  • Se estiver muito irritada ou agitada, acalme-se antes de falar.

  • Pense em qual a necessidade básica que não foi atendida.

  • Foque em como você se sente em relação ao comportamento específico da pessoa e não na pessoa. Um comportamento é uma parte. Já quando se fala da pessoa, soa como acusação, como se ela fosse completamente ruim, gerando raiva, rejeição e até reação passivo-agressiva ou agressiva. Ao focar em como você se sente há uma probabilidade maior de ser recebida com empatia.

  • Uma boa maneira de lembrar como fazer a crítica baseada em seus sentimentos é usar a frase: “Quando você faz ………………….., eu sinto……………………………….”, que é diferente de você falar: “Sinto que você …… (isso é opinião e pode colocar o outro na defensiva).

  • Concentre-se em um ponto e não em vários. Fazendo isso é mais provável que gere a mudança. Faça um pedido de cada vez.

  • Faça a crítica com voz firme e clara, mas calma. Evite explosões emocionais, raiva ou sarcasmo, porque soaria como uma punição e não uma crítica.

  • Mesmo que já tenha falado muitas vezes, você pode ter falado de forma não assertiva. O que parece óbvio para nós pode não ser para o outro. O que parece teimosia para nós pode ser somente falta de conhecimento sobre o comportamento.

  • Concentre-se no futuro e não no passado, para que a mudança ocorra em outra ocasião semelhante. Não é produtivo ficar remoendo o que já foi.

  • Esteja disposta a fazer um acordo com a pessoa, um compromisso. O objetivo é chegar a uma solução conveniente e satisfatória.

  • Comece e termine a conversa com uma observação positiva. Ao iniciar com uma interação positiva a outra pessoa geralmente fica mais aberta para receber a crítica. E ao terminar de forma positiva, reforça que o relacionamento não foi abalado.


Os problemas, as insatisfações não somem magicamente. Mas, quando você faz uma crítica de forma gentil, principalmente enquanto a situação ainda é pequena, há uma probabilidade maior de ser entendida e de se chegar a uma solução satisfatória para todos.


continue a leitura na parte 2

12 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page